segunda-feira, 4 de abril de 2011

Trilha das serras – Diário de Bordo (primeira parte)


Ontem (3 de abril), fomos eu e meu amigo Flavio Bulhões conferir a primeira parte da planilha da trilha das serras.  Saímos pontualmente às 8h do Posto São Luís com destino a Bananeiras. Pelo asfalto até Lagoa de Pedras onde começamos nossa trilha.
Tudo correu maravilhosamente bem no primeiro trecho, com pequenas correções de metragem e a inclusão de algumas referencias necessárias à planilha.
 Chegamos à Passa-e-Fica por volta das 11h30min passamos em frente ao restaurante de Seu Tico, já na Pedra da Boca, onde termina a primeira parte da nossa planilha. Decidi explorar  um caminho alternativo que faz ligação entre uma trilha bacana apelidada de Trilha do Umbu (quem for ao passeio vai saber o porquê) e a Chã da serra caminho feito no primeiro levantamento e onde será o trajeto oficial para veículos 4x4 ligth da Trilha das Serras.
 Quando chegamos ao local procuramos tomar informações a respeito dessa trilha com moradores do povoado e qual não foi nossa surpresa ao saber que fazia muito tempo que carro nenhum subia por essa trilha. Teve um habitante do local que falou: “Se fosse o senhor escolheria outro caminho. Por aí a estrada se acabou há muito tempo e a chuvas fizeram muito estrago na subida da serra”. Diante desse desafio eu olhei para meu companheiro de aventuras e pensei em desistir, mas para minha surpresa e Flavio disse assim: “Bem, já que estamos aqui não custa tentar. Se precisar meu troller tem guincho, pá, facão, etc,etc,etc...” Então decidimos averiguar a famigerada subida eee... fomos.
 No começo tudo bem, cruzamos um riozinho, cortamos alguns galhos para evitar riscos na pintura do carro, passamos por uma pequenina  lama (porém fedida), e chegamos ao trecho esburacado. Quando vi a desgraceira, achei que devíamos voltar, mas o Flavio é destemido e muito confiante no seu veículo então começamos a transpor esse desafio. Passamos bem até a metade onde por falta de um bom pneu off road , escorregamos a traseira do troller para uma das valas. Nessa hora é que “São Guincho” falou mais alto e apesar de não ter uma boa árvore para ancorarmos o guincho, conseguimos sair da primeira atolada. Continuamos a subir e mais uma vez escorregamos para mais um buracão, mas parafraseando o amigo Geraldo Moreira do JCRN: "Nada está tão ruim que não possa piorar". Partindo dessa premissa, o que aconteceu foi que o cabo do guincho começou a se partir (estava mastigado em alguns pontos) uma, duas três vezes. Nessa hora eu apelei aos céus e silenciosamente (sem o Flavio saber) conversei com Deus. Pedi que nos tirasse dali o mais rápido possível, pois já estava ficando tarde e ainda tínhamos muito trecho a percorrer. E como não podia ser diferente, ele me ouviu,  só que no lugar dele resolver sozinho, pediu para São Pedro dar uma força  e num é que ela veio bem ligeiro em forma de uma chuva torrencial daquelas. Foi quando a coisa ficou “ainda melhor”. Bom, pelo menos serviu para esfriar nossas cabeças quentes. Valeu São Pedro!
Continuando nossa aventura:  puxa daqui, amarra dali, escorrega daculá conseguimos sair daquela situação quase 3 horas depois de muito sacrifício e com alguns ensinamentos:  
  1.  Além de um bom carro para trilha, você também tem que ter um bom pneu; 
  2. Se seu carro tem guincho, verifique se o cabo está OK;
  3. Leve sempre no carro: Luvas, facão e uma boa pá, e se possível uma capa de chuva e uma boa toalha. Ah, e se desejar pedir uma ajuda divina, seja claro e objetivo para não haver duvidas .


Depois eu conto o resta dessa aventura. Aguardem o Diário de Bordo - Parte 2!!



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